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Maiores fornecedores de proteína animal não estão reduzindo as emissões de gases do efeito estufa
“É sempre bom lembrar que não existe carne barata. Essas indústrias são subsidiadas há anos pelo público”

Empresas precisam investir menos em proteínas de origem animal e mais em proteínas de origem vegetal (Foto: Eduard Korniyenko/Reuters)
Um novo indicador de sustentabilidade global divulgado esta semana revelou que os maiores fornecedores de carnes e laticínios não estão conseguindo gerenciar efetivamente as contribuições às mudanças climáticas, colocando em risco as metas da missão do Acordo de Paris, que rege medidas de redução de emissões de gases do efeito estufa. O indicador é resultado de um levantamento intitulado “The Coller FAIRR Protein Producer Index”, feito pela Farm Animal Investment Risk and Return (FAIRR), sediada em Londres.
O indicador, que serve como referência para investidores, avaliou as 60 maiores empresas fornecedoras de proteínas de origem animal – incluindo McDonald’s, KFC, Nestlé, Danone e Walmart. A conclusão foi que 60% dessas empresas foram classificadas como de alto risco se tratando de gerenciamento de sustentabilidade em todas as categorias – incluindo emissões de gases do efeito estufa, desmatamento e perda de biodiversidade, uso de água, bem-estar animal, desperdício, poluição, compromisso com a produção sustentável de proteínas vegetais e segurança dos trabalhadores. Tudo isso é apontado como bastante problemático para o meio ambiente.
Tratando-se especificamente de emissões de gases do efeito estufa, o percentual é ainda mais preocupante – 72%. Apenas uma das empresas que compõem o indicador conseguiu atingir pontuações consideráveis na redução de emissões. “Está claro que as indústrias de carne e laticínios permaneceram fora do escrutínio público em relação ao seu significativo impacto climático. Para que isso mude, essas empresas devem ser responsabilizadas pelas emissões e devem ter uma estratégia confiável e verificável de redução de emissões”, disse ao The Guardian a diretora do Instituto Europeu de Agricultura e Política Comercial, Shefali Sharma.
No total, segundo o indicador, 87,5% das empresas de carne bovina e laticínios não têm divulgado dados sobre as suas emissões e gerenciamento de GEE, o que é apontado como um risco ao Acordo de Paris. O FAIRR destaca que a diversificação na produção de proteínas alternativas, ou seja, de origem não animal, é fundamental tanto para o gerenciamento dos riscos da cadeia de suprimentos com restrição de recursos quanto para aproveitar as oportunidades de crescimento do mercado. Ou seja, essas empresas precisam investir menos em alimentos de origem animal e mais em alimentos de origem vegetal.
“É sempre bom lembrar que não existe carne barata. Essas indústrias são subsidiadas há anos pelo público porque pagamos por sua poluição ambiental, custos de saúde pública que não são contabilizados em seu modelo de negócios. É aí que os governos precisam intervir”, enfatiza Sharma.
Referências
The Coller FAIRR Protein Producer Index. Farm Animal Investment Risk and Return (FAIRR)
Ibama vai multar em mais de R$ 105 milhões os fornecedores do McDonald’s, Burger King, Walmart, Unilever e Nestlé por destruírem áreas de preservação permanente
As áreas foram usadas para o plantio de soja destinado à pecuária, ou seja, à ração animal

A ação do Ibama é consequência de uma investigação realizada pela organização ambiental Might Earth em 2017 (Acervo: Ibama)
O Ibama anunciou esta semana que vai multar em mais de R$ 105 milhões a Cargill e a Bunge, fornecedores de alimentos para animais criados para consumo, por destruírem áreas de preservação permanente, causando grande impacto no cerrado brasileiro. A ação do Ibama é consequência de uma investigação realizada pela organização ambiental Mighty Earth em 2017, expondo as práticas da Cargill e da Bunge, que fazem parte da cadeia de fornecimento de carnes e produtos lácteos de corporações como McDonald’s, Burger King, Walmart, Unilever, Nestlé, Tesco e Carrefour.
Para se ter uma ideia do impacto, foi comprovado que a Cargill e a Bunge, que atendem 61 grandes companhias, financiaram ativamente a destruição de áreas úmidas nativas, obrigando populações inteiras a se deslocarem para favorecer um desmatamento equivalente ao tamanho da Inglaterra – comprometendo a biodiversidade e a sobrevivência de animais como a onça-pintada, tamanduá-bandeira, lobo-guará e cervo-do-pantanal. As áreas foram usadas para o plantio de soja destinado à pecuária, ou seja, à ração animal.
Glenn Hurowitz, CEO da Mighty Earth, diz que, embora a responsabilidade esteja recaindo somente sobre a Cargill e a Bunge, é importante questionar também por que as grandes corporações e empresas continuam se beneficiando dessa prática criminosa. A Bunge se defendeu dizendo que achava que destruir essas áreas era uma prática legal. “O governo brasileiro claramente não concorda. Mas se a Bunge apenas adotasse o simples passo de proibir todo o desmatamento em sua cadeia de fornecimento, não estaria enfrentando esses riscos”, enfatiza Hurowitz.
Referência
Grandes companhias ajudam a financiar a exploração do trabalho infantil
Grandes companhias que têm ajudado a financiar a exploração do trabalho infantil em países subdesenvolvidos:
Nestlé, H&M, Phillip Morris, Walmart, Victoria’s Secret, Gap, Apple, Nike, Zara, Urban Outfitters, Aldo, Primark, Disney, Forever 21, Hershey, Mars, ADM, Godiva, Kraft Foods, Cadbury, Fowler’s Chocolate, Starbucks, Aeropostale, La Senza e Toys R.
De acordo com informações da International Labour Organization (ILO), 152 milhões de crianças trabalham em regime de semiescravidão no mundo todo. Desse total, 72,1 milhões de crianças são exploradas na África, 62,1 milhões na Ásia, 10,7 milhões nas Américas, 1,2 milhão no Oriente Médio e 5,5 milhões na Europa e na Ásia Central.
Danone, Nestlé e Yakult realizam testes cruéis com animais
Danone, Nestlé e Yakult são alguns dos grandes fabricantes de gêneros alimentícios que realizam testes em animais, além, claro, de usarem matéria-prima baseada na exploração animal. Há anos as três promovem testes que envolvem alimentação forçada, irradiação, dietas restritas com não mais do que 25% das necessidades nutricionais de cada animal e implantação cirúrgica de tubos. Ao final dos experimentos, não raramente os animais são mortos.
De acordo com a ONG Cruelty Free International, elas realizam esses experimentos principalmente na Ásia. A Yakult, por exemplo, promove experiências com camundongos na Coréia do Sul. Os animais usados nos experimentos têm em média cinco semanas de idade, não têm pelos, e são expostos a irradiação a pouco mais de 12 centímetros de suas peles. Esse procedimento geralmente é realizado por 12 semanas e há um aumento gradual na dose de radiação a cada semana.
Os camundongos normalmente desenvolvem rugosidade profunda e são mortos para que suas peles sejam removidas e analisadas. Em 2015, a Cruelty Free International entrou em contato com o porta-voz da Yakult, e ele disse que esses produtos não são comercializados no Reino Unido, mas em outros países. Porém, segundo a Cruelty Free International, que investiga o uso de animais em laboratórios, o lucro da Yakult na Inglaterra até hoje ajuda a fomentar pesquisas que envolvem exploração animal em outros países. Além de camundongos, a empresa realiza testes em cães e porcos, assim como a Danone que usa suínos para testar reações adversas aos seus novos produtos.
Outro grande conglomerado envolvido na exploração animal é a Nestlé, que também usa camundongos e cães. Em um experimento realizado pela gigante do ramo alimentício, 60 camundongos morreram quando a empresa realizou testes com duração de dez semanas para avaliar a eficácia de um novo extrato de canela. No experimento, os animais foram obrigados a ingerir canela através de um tubo enfiado em suas gargantas.
O porta-voz da Nestlé admitiu o que estavam fazendo e comentou: “O teste em animais é, com razão, uma questão de interesse público e deve ocorrer quando são necessárias demonstrações de segurança como parte do processo de autorização regulamentar de um produto.” Porém, esse mesmo porta-voz ignorou que há opções no mercado de alimentos regulamentados e não testados em animais, o que rebate a sua justificativa. A Nestlé promete desde 2015 a redução de testes em animais, porém muitos de seus produtos continuam sendo testados em animais.
A diretora do departamento de ciência da Cruelty Free International, Katy Taylor, também apresentou uma falha no argumento da Nestlé: “Alguns desses testes [com animais] são realizados em produtos que já estavam no mercado. Acreditamos que não há motivo para que voluntários e consumidores humanos não possam estar envolvidos na avaliação dos efeitos desses produtos na saúde humana.” Assim dispensando o uso desnecessário de animais.
Saiba Mais
Para mais informações sobre testes em animais, acesse o site da Cruelty Free International.
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Danone, Nestlé e Yakult realizam testes com animais
Yakult, Danone e Nestlé são três gigantes do ramo alimentício que realizam testes com animais. Essas experiências envolvem alimentação forçada, irradiação, dietas restritas com não mais do que 25% das necessidades nutricionais de cada animal e implantação cirúrgica de tubos. E depois disso tudo, os animais são mortos.
Para mais informações, acesse o site da Cruelty Free International
2,3 milhões de crianças são exploradas pela indústria do chocolate na Costa do Marfim e em Gana
Em 2017, de acordo com a ong Slave Free Chocolate, 2,3 milhões de crianças continuam trabalhando em regime análogo à escravidão na produção de cacau na Costa do Marfim e em Gana. A maior parte dos produtores ganha menos de um dólar por dia. Essa realidade é sustentada por fabricantes de chocolate que pagam uma miséria pelo cacau produzido.
Entre eles estão Hershey, Mars (que fabrica o Snickers), Nestlé, ADM Cocoa, Godiva, Fowler’s Chocolate e Kraft (que inclui Lacta, Trident e Oreo). Ou seja, ao comprarmos produtos desses fabricantes, contribuímos com essa escravidão moderna. Outro ponto a se considerar é que essas marcas também contribuem com a exploração de animais nesse mercado.
Referência
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