Archive for the ‘Vegetarianismo’ tag
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Sobre ser contra o veganismo
Sobre a exploração animal, consumo de carne e fome mundial
Página do Brooklyn está promovendo a alimentação vegetariana
Página oferece muitas informações para quem quer começar a seguir uma dieta vegetariana
A página do bairro nova-iorquino do Brooklyn, nos Estados Unidos, está promovendo a alimentação vegetariana. A iniciativa partiu do presidente do bairro, Eric Adams, que adotou uma alimentação livre de alimentos de origem animal depois de ser diagnosticado com diabetes tipo 2 em 2016. Segundo o New York Times, uma boa dieta vegetariana permitiu que Adams perdesse quase 14 quilos e revertesse a sua diabetes.
O presidente do Brooklyn decidiu criar uma página para divulgar mais a alimentação vegetariana. Até então, a promoção do vegetarianismo era feita por ele no “boca a boca”, dialogando com os moradores do bairro sobre a sua própria história com o vegetarianismo e o quanto pode ser positivo não se alimentar de animais
Na página Plant-Based Nutrition, do site do Brooklyn, o leitor encontra links que oferecem guias com todas as informações para quem quer começar a seguir uma dieta vegetariana. Também sugere a leitura dos livros “Como Não Morrer”, do médico Michael Greger; “O Plano Garfos em Vez de Facas”, de Alona Pulde e Matthew Lederman; e “O Programa de Reversão de Diabetes do Dr. Neal Barnard”.
Além disso, disponibiliza o endereço de lojas e restaurantes vegetarianos e veganos no bairro. Também divulga eventos veganos e sugere aplicativos para vegetarianos e veganos que queiram conhecer as opções livres de exploração animal no Brooklyn.
Café vegano chama a atenção ao lado de um açougue no Canadá
Shirley: “As pessoas nos diziam: ‘Você vai ser vegetariano em Calgary? Você nunca vai conseguir!”
Um fato chama a atenção em Calgary, no Canadá. Desde o ano passado, um café vegano tem despontado em uma área de açougues. O Hearts Choices foi fundado pelo casal Eahly Shirley e Nan Thammanatr, que deixou Vancouver para fixar residência em Calgary, onde o consumo de carne é considerado mais elevado do que em outras grandes cidades do Canadá.
Em entrevista ao CBC News, Shriley contou que assim que chegaram a Calgary eles perceberam que havia poucas opções vegetarianas: “As pessoas nos diziam: ‘Você vai ser vegetariano em Calgary? Você nunca vai conseguir!” Ainda assim o casal aceitou o desafio de promover o vegetarianismo e o veganismo em meio a uma forte cultura cowboy.
“Estávamos andando um dia pelo mercado de agricultores de Calgary e vimos um pequeno estande de 10×10 vazio. Então pensamos: “Ei, talvez poderíamos começar um negócio aqui vendendo produtos vegetarianos.’ E foi assim que começamos, com um minúsculo freezer e um pequeno estande, lucrando, por exemplo, 30 a 40 dólares por dia”, relatou Eahly Shirley que, assim como a esposa, é vegano.
Em 2017, o café Hearts Choices foi instalado ao lado do açougue Master Meats, onde pouco tempo depois um episódio se tornou inesquecível – o carro “veggie” do café se chocou acidentalmente contra o carro do açougue. Os clientes aproveitaram para tratar o incidente como um conflito entre bacon x facon e bisteca x tofu.
Apesar de tudo, o relacionamento entre os proprietários do café e John Wildenbourg, o proprietário do açougue que tem uma filha vegetariana, é bem amigável. Inclusive o açougueiro é cliente da cafeteria vegana. Pelo menos seis opções do cardápio estão entre os seus alimentos preferidos na atualidade – com destaque para as “asinhas de couve-flor”. Além disso, o Hearts Choices já não é mais visto como um estranho no ninho. O negócio cresceu e o casal possui mais dois empreendimentos veganos em Calgary.
Documentário “Comer Animais” é lançado hoje nos Estados Unidos
“De onde vêm os nossos ovos, laticínios e carnes?”
O terceiro livro de Jonathan Safran Foer, “Eating Animals”, de 2009, que foi lançado no Brasil com o título “Comer Animais”, foi transformado em um documentário e lançado hoje nos Estados Unidos. Com direção e roteiro de Christopher Dillon Quinn e narração da atriz Natalie Portman, o filme é definido pela equipe de produção como “a história do início do fim da produção industrial”, e começa com a seguinte pergunta: “De onde vêm os nossos ovos, laticínios e carnes?
O filme traz argumentos contra a pecuária industrial e mostra imagens em que os animais são criados em pequenas, médias e grandes propriedades. Embora seja aberto a diferentes pontos de vista, o documentário é apontado como complacente com pequenos criadores de animais, já que a crítica se volta mais para a realidade da criação de animais em regime industrial, o que pode soar um tanto quanto problemático se você defende o veganismo abolicionista, não o reducionismo ou utilitarismo.
Porém, “Comer Animais” também deixa claro que apenas 1% dos animais criados para consumo na atualidade, pelo menos nos Estados Unidos, representam uma realidade diferente, “violenta, mas não tanto quanto a industrial”. Porém, denuncia que os outros 99% estão inseridos em uma realidade de confinamento que pode ser descrita como o holocausto animal.
O jornalista Ben Kenigsberg, do New York Times, assistiu ao documentário antes do lançamento e relatou que passou as últimas 36 horas pós-filme com dificuldade para consumir carne. Porém, como “Comer Animais” não aborda os animais que vivem no oceano, ele conseguiu comer um pouco de salmão defumado.
Na perspectiva de Kenigsberg, o filme convence reunindo uma mixórdia de filosofia, principalmente epistemologia, e economia. “As fazendas industriais podem permitir que mais pessoas sejam alimentadas, mas seus efeitos ambientais invalidam a sua eficiência. O filme nem sequer defende o vegetarianismo, mas parece impossível sair disso sem querer saber mais de onde vem a sua carne”, avalia o jornalista.
Outros espectadores compararam o filme, inspirado no livro homônimo de Jonathan Safran Foer, com documentários como “Food Inc.” de Robert Kenner, e livros como “O Dilema do Onívoro”, de Michael Pollan. Alguns veganos que assistiram ao filme o classificaram como uma oportunidade perdida de abordar o assunto de forma mais abrangente, inclusive discutindo o veganismo na atualidade e suas possíveis contribuições futuras. Como disse Safran Foer, a interpretação é livre. Então assista e tire suas próprias conclusões.
Maior companhia aérea da Austrália está promovendo o vegetarianismo
A Qantas, maior companhia aérea da Austrália e terceira mais antiga do mundo, continua promovendo o vegetarianismo. No ano passado, a empresa começou a oferecer inúmeras opções vegetarianas para os seus passageiros – como falafel, salada de quinoa, salada de lentilhas, macarrão com vegetais, azeitonas marinadas e petiscos à base de castanha-de-caju e gergelim.
Dessa vez a novidade é que a Qantas está promovendo o cardápio da cafeteria vegana Matcha Mylkbar, de Melbourne, que oferece versões veganas de “Ovos com Torradas” – com a “gema” feita à base de proteína de linhaça e batata-doce, e a porção branca baseada em ágar-ágar com uma infusão de leite de coco. Há também “O Grande Café da Manhã”, que oferece um bacon vegano feito de cogumelos desidratados, além de outras opções.
Por que é mais ético não se alimentar de animais
Alguém diz: “Você não tem dó das plantas?”
Um sujeito alega que quem mais causa mal às plantas são vegetarianos e veganos e então lança a pergunta: “Você não tem dó das plantas?” Devo dizer que pensei que ele, como alguém que consome carne, comesse principalmente animais herbívoros há muito domesticados (que consomem de 10 a 40 quilos de vegetais por dia), como os bovinos, não carnívoros como tigres e leões.
Honestamente, sou incapaz de comer tantos vegetais assim em um dia. Não tenho condições de competir com um boi em uma dieta vegetariana. Afinal, falo de um animal adulto que pode chegar a 600 quilos. E, claro, para alguém afirmar que vegetarianos e veganos são os que mais causam mal às plantas é porque só pode estar se alimentando da carne de animais essencialmente carnívoros como tigres e leões.
Ademais, quando alguém se alimenta de animais, antes do pedaço de carne chegar ao seu prato, há toda uma cadeia produtiva que deveria ser considerada. Um animal objetificado não nasce pronto para ser consumido. Ele demanda uma série de recursos antes mesmo de existir. Há um planejamento de como será a sua vida visando atender um mercado que o tipifica como produto, não animal senciente e consciente que é.
Parece-me um tanto quanto paradoxal criarmos animais que deverão ser alimentados com toneladas de vegetais e então mortos violentamente para as pessoas se alimentarem de suas carnes. Quando penso nisso, associo à ideia de uma pessoa que pode atravessar uma ponte, mas prefere derrubá-la para fazer um trajeto mais longo para chegar até o outro lado de um rio.
Degradamos o meio ambiente para criar milhões, bilhões de animais que alimentamos com imensas quantidades vegetais e que serão mortos precocemente – animais que não desejam sofrer nem morrer. Então alguém aponta o dedo para o amigo vegetariano ou vegano o acusando de não ter dó das plantas porque esse amigo come pequenas porções de vegetais. Sim, o mundo é um lugar estranho.
Como o consumo de carne favorece a destruição da identidade dos animais