Archive for the ‘lembrança’ tag
Morto pode ter cheiro doce?
Criança, passeando pelo cemitério, passei por um mausoléu e falei com uma senhora que limpava um túmulo: Morto pode ter cheiro doce? Como? Morto pode ter cheiro doce? Doce? Doce! Como? Quem morre, não desaparece, vira doce? Quê, filho? Só depois que me afastei ela notou um balde de pipoca doce no mausoléu ao lado. Ali nunca faltava pipoca – branca, amarela, rosa, vermelha, sortida – um simulacro curioso da vida.
Ouvindo Rammstein desde 1999
Curto muito a banda alemã Rammstein. Conheci em 1999 quando eu era molecote e estava em Cuiabá. Como eu já curtia metal industrial, contagiado pelo Ministry, de Al Jourgensen, foi alegria à primeira vista. Por outro lado, me recordo que naquela época era difícil encontrar quem não desprezasse a banda. Prova disso foi a primeira apresentação que eles fizeram no Brasil naquele ano, abrindo o show do Kiss. Jogaram inclusive objetos no palco e chamaram os caras de “palhaços”. Como se ser palhaço pudesse ser uma ofensa; além de uma baita contradição, já que o Kiss era a atração principal.
Muitas bandas que ouvi na adolescência e inclusive na fase adulta ficaram pelo caminho. Quero dizer, parei de ouvir muita coisa, mas Rammstein continua sendo uma banda que considero inesquecível, mesmo que haja períodos em que eu não a escute. Controversa, boas letras (consequência natural de músicos com bom nível cultural em geral – uma coisa que reconheço que não é tão comum na música) e bons clipes. Acho que tudo isso se soma para eu ter a banda em grande estima.
As histórias do vovô
Meu avô, pai de minha mãe, faleceu no final de fevereiro. Desde criança, nunca o chamei de vô, mas sim de vovô. Ele foi o último dos meus avós a partir. Já não tenho mais nenhum. Não escrevi a respeito no dia do falecimento, isto porque acho que na data em que uma pessoa próxima morre os sentimentos e as lembranças de quem fica não estão na mais perfeita sinergia.
Normalmente estão em estado de transição da irrealidade para a realidade, e o que se pode escrever nesse estado pode não representar exatamente o que se quer. E comigo sempre foi assim. Gosto de escrever sobre alguém quando estou no meu estado sereno de avaliação das coisas.
Antes do vovô falecer, antes mesmo de imaginarmos que isso aconteceria, a nossa convivência se tornou diária por quase dois anos. Gravei horas e mais horas de bate-papo com ele. Sentávamos em “cadeiras de área”, como ele dizia, ao lado das pimenteiras e de outros alimentos orgânicos que ele cultivava. Abelhas o visitavam todos os dias no mesmo horário, e ele nunca se incomodava. Muito pelo contrário, comemorava.
Decidi registrar tudo que ele narrava porque isso é importante, porque os idosos são os livros da cultura oral. A matéria do vovô poderia desaparecer, mas não a essência do que ele tinha a oferecer. Ele não era um ser humano perfeito, assim como também não sou, mas foi com ele que aprendi a amar histórias e contá-las.
Ele era uma biblioteca ambulante, um memorialista. Desde a minha infância, devo ter passado milhares de dias sentado ao seu lado ouvindo histórias de um passado remoto, que quase ninguém conhece porque não foi registrado nos livros. Quero dizer, pelo menos até eu decidir conservar suas palavras.
Hoje, digo que o vovô foi o maior contador de histórias que conheci na minha vida, e quando o vi dentro de um caixão, com o corpo gelado e a tez rija, eu já sabia que ele não estava mais lá, mas sim dentro de todos aqueles que resguardaram suas histórias.
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A efêmera poesia do efêmero
Quando criança, um dia perguntei à minha mãe o que significa efêmero. Ela não respondeu. Dois dias depois, fomos até um riacho e em meio à relva havia um inseto parecido com uma libélula. Se movia com leveza e tinha a mesma sofreguidão da água se chocando contra as rochas. Seu corpo era amarelo, marrom e preto, mas conforme balançava as asas, tudo se uniformizava num dourado lampejante.
Como era fim de semana, minha mãe sugeriu que passássemos o dia naquele lugar, assistindo a rotina daquele inseto singular. No final da tarde, depois de um cochilo, acordei e o vi voando em direção a uma pequena árvore. Lá, se aninhou e repousou. Eu e minha mãe nos aproximamos um pouco e vimos que o espécime nem se movia, parecia fragilizado. Pensei até que tivesse morrido.
Minha mãe me advertiu para ter calma. Uma hora depois, o inseto depositou uma grande quantidade de ovos em um dos galhos mais ocultos e não mais se moveu, simplesmente faleceu. Então perguntei o que houve. “Por que ele morreu assim e logo hoje que viemos aqui?” Minha mãe sorriu e me explicou que aquele inseto na realidade era uma fêmea que se tornou adulta pela manhã:
“A vida adulta dela começou pouco antes da nossa chegada e terminou agora. Ela existe somente para que outros existam. Mal se alimenta porque o tempo é curto e seus filhos precisam nascer. Por isso o nome dela é efêmera, e é isto que significa efêmero, tudo que tem curta duração; uma palavra que deveria ser sempre usada em referência aos presentes da comunhão que não temos o privilégio de usufruir porque é chegada a hora de partir.”
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“Ô Dona Menina, como vai a senhora?”
Em uma época da minha infância, toda semana um senhor baixinho e barbudo passava em frente a nossa casa. Gritava sorrindo para a minha mãe: “Ô Dona Menina, como vai a senhora? Vai querer vassoura hoje?” O velhinho gostava de fazer barulho, de ser notado, de mostrar que estava na rua.
Quando faleceu, para a surpresa de sua pequena família, seu velório foi acompanhado por centenas de pessoas. Muitos não sabiam sua história e até mesmo seu nome, mas jamais esqueceram das muitas manhãs em que foram cumprimentados graciosamente pelo velhinho bonachão.
O menino que matava porcos
Quando eu tinha oito anos, viajamos para Batayporã, no Mato Grosso do Sul. Lá, conheci outros familiares do meu avô. Mas naquela viagem só uma pessoa me chamou a atenção – um primo de terceiro grau. Ele tinha sete anos e olhos avermelhados.
Na fazenda, o vi de longe, expulsando alguns animais que circulavam pela casa principal. Me falaram que ele matava porcos desde os cinco anos, e que gostava de eviscerá-los com um punhal resguardado por gerações. “Mato mesmo!”, confirmou o menino rindo e ouvindo o comentário do sobrinho do meu avô.
Caminhando pela fazenda, eu evitava ficar sozinho, e sempre olhava ao meu redor, na tentativa de saber se o menino de olhos avermelhados estava por perto. Criança, eu nunca tinha visto ou ouvido falar de alguém que tivesse matado um porco.
Com o cair da tarde, e o sol despontando baixo e avermelhado no horizonte, assim como os olhos do menino, fiquei sabendo que meus pais pretendiam passar a noite na fazenda. Me aproximei de minha mãe e a questionei, garantindo a nossa partida: “Não quero dormir aqui. Se esse menino mata porco, um bicho que não fez nada pra ele, quem garante que ele não é capaz de fazer o mesmo comigo de madrugada?”
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O encontro
Lembro da primeira vez que conheci uma criança cega. Foi em frente à igreja. Ela tinha a minha idade, não mais que seis anos. Ficamos os dois nos observando. Eu com meus olhos, ela com suas mãos cheirando à hortelã colhida na horta da paróquia.
Em respeito à memória de parentes falecidos
Em respeito à memória de parentes falecidos em 1962 e 1970, desde criança vou ao cemitério de Alto Paraná no Dia de Finados. É um costume sem conotação religiosa. Meus familiares, parte deles imigrantes, se mudaram para esta região na década de 1940, quando o Novo Norte do Paraná ainda estava em processo de colonização.
Embora eu não tenha nascido nem vivido em Alto Paraná, reconheço que é um lugar rico em histórias. O caminho até o cemitério é muito intrigante. Há casas de sítios e fazendas que foram abandonadas há muito tempo, mais tarde consideradas assombradas. Também há lugarejos, antes colônias, envoltos por narrativas insólitas, como a de um rapaz que dormiu por anos e a de famílias de mulheres que expulsavam invasores a tiros.
A cabra da mangueira
Era como se sua essência se esforçasse para se lançar para fora de um abismo movediço e ruidoso
Eu tinha oito anos. Henrique e Thiaguinho vieram me chamar num sábado para ir até a casa deles brincar com um animal “diferente”. Avisei minha mãe e acompanhei eles até o quarteirão de baixo. Chegando lá, vi uma cabra tão branquinha e portentosa que só o fato dela existir parecia o suficiente para transmitir a mais querençosa das serenidades.
Ela se mantinha silenciosa amarrada a um pé de manga no quintal, e desde que a vi pela primeira vez notei seu olhar amiudado e melancólico. Em algumas partes do seu corpo havia uma porção de cicatrizes; talvez tivesse se machucado nas tentativas de fuga. Enquanto tirava minhas próprias conclusões, ela se cansou de ficar em pé e sentou sobre uma porção de folhas secas, ignorando as mangas apodrecidas que lambuzavam seus pelos.
Sua cabeça se movia lentamente de um lado para o outro. Ao mesmo tempo, sete ou oito pessoas gritavam, riam e conversavam. Cães e gatos atravessavam o outro lado do quintal, numa brincadeira consentida sem hora para terminar. Com receio de ser repreendido, fiquei num canto assistindo a cabra a quem dei o nome de Belinha – sem contar a ninguém.
O pai de Henrique não tirava os olhos dela. Entre um gole e outro de cerveja, ele se aproximava da cabra que indiferente a tudo não reagia às leves palmadas que recebia, acompanhadas de um sorriso e uma frase clichê: “É hoooojeeee!” Não entendi o que ele quis dizer e fiquei calado. Quando tossi, Belinha notou que eu estava sentado no chão, escorado contra o cercadinho da varanda.
Em seu olhar havia uma opacidade que se misturava a um brilho fortuito. Era como se sua essência se esforçasse para se lançar para fora de um abismo movediço e ruidoso. Cerca de 15 minutos após a minha chegada, ela fechou os olhos, mirou o chão e assim ficou. Me levantei e caminhei em direção a ela, até que o pai de Henrique apareceu de repente e sugeriu que eu me afastasse da cabra: “Vá brincar pra lá, David! Não é pra chegar perto da cabra!”
Assustado, voltei amuado para o meu canto. Belinha abriu novamente os olhos. Mesmo com as patas sujas e o lombo ligeiramente turvo, no meu ideário ela ainda era o ser mais impoluto do lugar. Eu não conseguia associar sua imagem à sujeira. Seu semblante e tudo que emanava dele reforçava minha opinião.
Mais alguns minutos se passaram e uma brisa repentina balançou as folhas da mangueira. Belinha se levantou, elevou a cabeça em direção ao céu e sentiu o bafejo da natureza acariciando sua barba longa e fina. Tive a impressão de vê-la sorrindo enquanto seus pelos se avolumavam na sua simplicidade contemplativa.
Assim que a aragem partiu, a luz aos poucos se extinguiu. O sol já não brilhava sobre nossas cabeças. Era um início de tarde travestido de fim. Preocupado, corri até em casa para ajudar minha mãe a tirar as roupas do varal, crente de que logo mais a chuva chegaria, derrubando e arrastando tudo com patifaria.
De volta à casa de Henrique, minhas pernas tremularam quando olhei em direção à mangueira. Belinha foi degolada e abaixo dela havia dois baldes cheios de sangue que respingaram sobre o solo, tingindo de vermelho as folhas e mangas no chão. Tentei encostar a mão na sua cabeça, ou pelo menos nos fios de sua barba, mas eu era pequeno e só pude acariciar suas patas.
Me arrepiei e chorei ao ver seus olhos retangulares e melífluos ainda úmidos. Sabia que ela também tinha chorado, porque sua barba gotejou transparência sobre a minha testa. Encolerizado, caminhei até uma roda de homens e perguntei porque eles mataram a cabra. “Pra comer, ora! Por que mais seria?”, responderam em uníssono, fazendo troça da minha exasperação.
À noite, antes de dormir, me ajoelhei diante da cama, orei e pedi a Deus que colocasse Belinha em um bom lugar, que não a deixasse vagar pelos umbrais por ter morrido de forma trágica e antes da hora. No dia seguinte, vieram em casa oferecer a carne da cabra, mas minha mãe recusou educadamente. Apesar de enraivecido, eu não disse nada. Depois fiquei sabendo que todos que comeram a carne de Belinha passaram muito mal.
Além disso, quatro homens que participaram do abate da cabra faleceram na mesma semana em um acidente, transportando gado do Mato Grosso do Sul para o Paraná. Supersticioso, o pai de Henrique e Thiaguinho nunca mais matou nenhum animal. E eu, ao longo de um mês, prossegui com a mesma oração: “Deus, coloque os amigos do pai de Henrique em um bom lugar. Mas em primeiro lugar a Belinha que morreu antes.”
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O guarda Clemente
Eu via seu bigode escuro, espesso e longo como se fosse as cortinas do firmamento
Quando eu tinha seis anos, todos os dias um guarda nos aguardava na mesma rua para fazer a nossa travessia. Eu e centenas de outras crianças passávamos por lá pontualmente. Clemente sorria de longe e estendia a mão com tanta devoção que até os raios de sol pareciam mais intensos, iluminando sua fronte e destacando seus dentes nevados.
Levava o apito à boca e emitia um som curto e oxítono, porém eficaz. Era o suficiente para que todos ficassem atentos. Então Clemente segurava minha mão miúda com firmeza e me guiava até a calçada da escola, me protegendo de motos, carros, caminhonetes e caminhões. Cuidadoso, sempre mantinha o próprio corpo mais próximo dos veículos enquanto o meu era velado pelo seu.
A sincronia entre o apito e a instantânea paragem era surreal, como se coreografada. E poucos ousavam encostar sequer um centímetro de pneu na faixa de pedestre. Se alguém o fizesse, Clemente tirava uma trena do bolso, agachava no asfalto por segundos, caminhava até o motorista e o cumprimentava com um caloroso aperto de mão.
“Como vai? Tudo bem? Está quente hoje, não? Imagino que o senhor tenha pressa, claro, quem não tem hoje em dia, não é mesmo, meu amigo? Por isso entendo porque o senhor está com os dois pneus dianteiros sobre a faixa. Acontece. A pressa faz a gente cometer esses pequenos deslizes. Dê uma olhadinha aqui. São apenas 25 centímetros de invasão, o que acredito que o senhor, assim como eu, sabe que não vai garantir que o senhor chegue mais rápido a lugar nenhum. E, claro, agora não temos muitas crianças na rua, mas há horários em que esse espacinho faz uma falta que o senhor nem imagina. Posso contar com sua colaboração?”, disse num início de tarde, retribuindo a concordância do motorista com um aceno de cabeça e um sorriso frugal.
Durante a travessia com Clemente, eu erguia a cabeça, mirando o céu com o nariz, e o observava. Pequeno, eu acreditava que ele podia tocar aquela imensidão azul com o topo do seu quepe. Eu via seu bigode escuro, espesso e longo como se fosse as cortinas do firmamento. As nuvens se moviam próximas de sua cabeça, reafirmando a ideia de que pelo menos naquele cruzamento ele era a autoridade suprema, e além dele não havia mais ninguém.
Após às 17h30, quando o sinal da escola era acionado, avisando que as aulas acabaram, fazíamos o mesmo trajeto. Horas se passavam e Clemente continuava sorrindo e estendendo as mãos. Ele jamais demonstrava cansaço, irritação ou enfado. Era tão educado que às vezes os motoristas estacionavam seus veículos e caminhavam até ele para parabenizá-lo pelo trabalho.
E aquilo fazia dele um dos personagens mais admiráveis da minha infância, alguém em quem eu também poderia me espelhar para me tornar um ser humano digno quando crescesse. Não era raro ver pessoas querendo presenteá-lo. Comprometido com sua ética de trabalho, ele agradecia com olhos abrilhantados e recusava, a não ser os presentes feitos a mão, uma comidinha ou doce caseiro.
Criança, eu nunca tinha ouvido falar em racismo, até que no recreio perguntei ao meu coleguinha Beto porque ele e alguns outros garotos não seguravam a mão de Clemente. Inclusive um dia o vi tirando a mão do guarda de cima do seu ombro. “Ué, porque ele é preto! Meu pai falou que não devia existir guarda preto porque essa gente não é de confiança; tem só a palma da mão branca. Fora que tem mau cheiro e cabelo duro”, respondeu com naturalidade.
Assustado, fiquei em silêncio. Durante o recreio, sem saber o que aquilo significava, sentei num canto do pátio e pensei nas palavras de Beto. Me dei conta de que realmente Clemente era um homem negro, o primeiro que vi desde que nasci, mas e daí? Dias depois, Beto me deu um ultimato falando que eu não poderia andar mais com ele e com outros três coleguinhas se eu continuasse segurando a mão de Clemente. Ignorei e ao longo de meses fui excluído das brincadeiras no parquinho da escola. Na hora do futsal, Beto convencia todas as outras crianças a me deixarem de fora.
Um mês se passou e não vi mais clemente no cruzamento, seu local de trabalho. Ele não voltaria mais. Em seu lugar colocaram um rapaz loiro e de olhos claros que dedicava sua atenção às adolescentes que circulavam pelas imediações. Influente, o pai de Beto conseguiu fazer com que Clemente fosse transferido para outra cidade. Inventaram uma desculpa de falta de guardas e o convenceram a partir.
Mais tarde, num sábado, Beto caminhava e chupava um picolé quando foi surpreendido por um carro desgovernado que invadiu a calçada no cruzamento da Rua Pernambuco com a Rua Souza Naves. Aturdido, jogou o palito, fechou os olhos e se encolheu. Não viu Clemente sair do mercado, arremessar as sacolas e se jogar com ele no asfalto.
O guarda ganhou ferimentos superficiais por todo o corpo. Ao ver Beto ileso, sorriu, sem se importar com a roupa rasgada. Constrangido e com olhos esgazeados, o menino se encolheu em posição fetal. Descobriu que a mão rejeitada é aquela que mais deveria ter sido afagada.
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