David Arioch – Jornalismo Cultural

Jornalismo Cultural

Archive for the ‘Veganismo’ tag

Maior companhia aérea da Austrália está promovendo o vegetarianismo

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Uma das opções oferecidas nos voos da Qantas (Foto: Divulgação)

A Qantas, maior companhia aérea da Austrália e terceira mais antiga do mundo, continua promovendo o vegetarianismo. No ano passado, a empresa começou a oferecer inúmeras opções vegetarianas para os seus passageiros – como falafel, salada de quinoa, salada de lentilhas, macarrão com vegetais, azeitonas marinadas e petiscos à base de castanha-de-caju e gergelim.

Dessa vez a novidade é que a Qantas está promovendo o cardápio da cafeteria vegana Matcha Mylkbar, de Melbourne, que oferece versões veganas de “Ovos com Torradas” – com a “gema” feita à base de proteína de linhaça e batata-doce, e a porção branca baseada em ágar-ágar com uma infusão de leite de coco. Há também “O Grande Café da Manhã”, que oferece um bacon vegano feito de cogumelos desidratados, além de outras opções.





 

Written by David Arioch

June 15th, 2018 at 5:32 pm

Ativista vegana é eleita para assumir vaga na Assembleia Legislativa de Karnataka

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Na Índia, Sowmya é uma conhecida ativista dos direitos animais e defensora do veganismo (Foto: Reprodução)

Na quarta-feira, a ativista vegana Sowmya Reddy, de 35 anos, foi eleita para compor a Assembleia Legislativa de Karnataka, no sul da Índia, conhecida como uma assembleia conservadora que sempre foi composta basicamente por homens – inclusive ela foi a única mulher eleita para ocupar uma vaga na AL.

Na Índia, Sowmya é uma conhecida ativista dos direitos animais e defensora do veganismo que ao longo de três anos fez parte do Conselho Nacional de Bem-Estar Animal. Em 2015, ela e o marido Abhishek Raje Wiki oficializaram a relação com um casamento vegano:

“Temos que voltar ao básico. Carregar sacos de pano e garrafas de aço em nossos carros ou bolsas. É assim que as gerações anteriores viviam. Embora seja necessário algum esforço, é uma escolha que acho que todos precisamos fazer para cumprir nossa responsabilidade cívica.”

 





 

Written by David Arioch

June 15th, 2018 at 4:48 pm

Moby está vendendo sua coleção de vinis para ajudar comitê de médicos veganos

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Moby anunciou recentemente que vai priorizar mais a luta pelos direitos animais (Foto: Reprodução)

O músico vegano Moby, que recentemente anunciou que não fará mais turnês para priorizar questões que ele considera mais urgentes, como os direitos animais, está vendendo a sua coleção de vinis raros para ajudar o Comitê Médico Pela Medicina Responsável dos Estados Unidos, composto por médicos veganos. Muitos dos discos que estão à venda no mercado online Reverb LP Shop foram usados por Moby durante sua carreira de décadas como DJ, e trazem inclusive algumas notas manuscritas.

“Você vai amá-los. E o dinheiro vai para o Comitê Médico pela Medicina Responsável. Então todos ganham. Bem, exceto eu, porque agora não tenho mais nenhum vinil”, declarou no vídeo de divulgação. Em abril, Moby vendeu 100 de seus instrumentos musicais e equipamentos de DJ no Reverb, também para ajudar o comitê.

Além de defender o consumo de alimentos de origem vegetal em substituição aos alimentos de origem animal como uma medida preventiva contra doenças, o grupo vai além da dieta, voltando-se para os direitos animais.

Nos últimos anos, o comitê tem lutado por medidas legislativas contra a realização de testes em animais nas escolas de medicina. O grupo também é conhecido por incentivar a reformulação das refeições escolares nos Estados Unidos – oferecendo opções veganas e excluindo alimentos de origem animal como carnes processadas.

 





 

Por que é mais ético não se alimentar de animais

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Alguém diz: “Você não tem dó das plantas?”

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“Não tenho condições de competir com um bovino em uma dieta vegetariana” (Foto: Reprodução)

Um sujeito alega que quem mais causa mal às plantas são vegetarianos e veganos e então lança a pergunta: “Você não tem dó das plantas?” Devo dizer que pensei que ele, como alguém que consome carne, comesse principalmente animais herbívoros há muito domesticados (que consomem de 10 a 40 quilos de vegetais por dia), como os bovinos, não carnívoros como tigres e leões.

Honestamente, sou incapaz de comer tantos vegetais assim em um dia. Não tenho condições de competir com um boi em uma dieta vegetariana. Afinal, falo de um animal adulto que pode chegar a 600 quilos. E, claro, para alguém afirmar que vegetarianos e veganos são os que mais causam mal às plantas é porque só pode estar se alimentando da carne de animais essencialmente carnívoros como tigres e leões.

Ademais, quando alguém se alimenta de animais, antes do pedaço de carne chegar ao seu prato, há toda uma cadeia produtiva que deveria ser considerada. Um animal objetificado não nasce pronto para ser consumido. Ele demanda uma série de recursos antes mesmo de existir. Há um planejamento de como será a sua vida visando atender um mercado que o tipifica como produto, não animal senciente e consciente que é.

Parece-me um tanto quanto paradoxal criarmos animais que deverão ser alimentados com toneladas de vegetais e então mortos violentamente para as pessoas se alimentarem de suas carnes. Quando penso nisso, associo à ideia de uma pessoa que pode atravessar uma ponte, mas prefere derrubá-la para fazer um trajeto mais longo para chegar até o outro lado de um rio.

Degradamos o meio ambiente para criar milhões, bilhões de animais que alimentamos com imensas quantidades vegetais e que serão mortos precocemente – animais que não desejam sofrer nem morrer. Então alguém aponta o dedo para o amigo vegetariano ou vegano o acusando de não ter dó das plantas porque esse amigo come pequenas porções de vegetais. Sim, o mundo é um lugar estranho.





 

CEO do PayPal diz que carteiras de couro bovino vão se tornar obsoletas até 2028

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Consumidores estão considerando desconfortável o uso de matéria-prima baseada na morte de animais

Schulman: “Carteiras feitas de vacas mortas serão coisa do passado” (Reuters/Robert Galbraith)

De acordo com um relatório divulgado esta semana pela Bloomberg, cresce a cada dia o número de consumidores preocupados em comprar roupas, calçados e acessórios livres de matérias-primas baseadas em animais, o que está colocando em risco principalmente a indústria de couro, que movimenta mais de 90 bilhões de dólares.

Segundo a Bloomberg, enquanto a mudança reflete, em parte, uma abundância de opções, os consumidores também argumentam que é desconfortável usar algo baseado na morte de animais, além da crescente preocupação com o impacto ambiental. Embora a última queda registrada no comércio global de calçados de couro tenha sido de 12%, a tendência é de constante declínio.

Em teleconferência, o CEO do PayPal, Daniel Schulman, declarou que tudo indica que as carteiras de couro bovino vão se tornar obsoletas até 2028: “Carteiras feitas de vacas mortas serão coisa do passado, porque os consumidores estão escolhendo materiais mais modernos e se distanciando do dinheiro baseado em papel.”

A Grand View Research, empresa de pesquisa de mercado baseada em São Francisco, previu recentemente que a indústria global de couro vegano deve valer mais de 85 bilhões de dólares até 2025, superando a indústria de couro bovino.

Referência

Veg News





 

Polo Vegano pretende ampliar a produção e a circulação de produtos veganos no Rio de Janeiro

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“A nossa prioridade é a oferta de produtos e serviços acessíveis que respeitem os seres sencientes, além de dar visibilidade à causa da libertação animal”

Assembleia Constituinte da Associação do Polo Vegano com todos os fundadores (Foto: Leandro Pagnoncelli)

Em 2016, o projeto Polo Vegano foi lançado no Rio de Janeiro com o objetivo de ocupar um andar de 450 metros quadrados no Vertical Shopping. À época, a boa repercussão deu origem a um grupo que hoje soma mais de 1,2 mil pessoas. Porém, por limitações burocráticas e logísticas, o objetivo de ocupar um andar inteiro se tornou inviável. Porém, o projeto foi revisto e hoje segue uma nova estratégia de viabilização, de acordo com o gerente de marketing do Vertical Shopping, Leandro Pagnoncelli.

“A intenção agora é ocupar espaço no mercado como um todo. O Shopping está servindo como porta de entrada porque é onde conseguimos a melhor condição de custo/benefício. Mas o objetivo é ir muito além”, conta Pagnoncelli, acrescentando que, assim que a formalização da associação responsável pelo Polo Vegano for concluída, será feita uma assembleia geral para definir prioridades, planejamento, metas e meios de operacionalização dentro e fora do Shopping Vertical.

O grupo está trabalhando na criação de um fundo coletivo para que todos os produtores possam ter seus produtos expostos nas feiras livres que ocorrem em locais estratégicos do Rio de Janeiro, mas principalmente onde há maior demanda de produtos veganos, ou seja, sem ingredientes de origem animal e que não foram testados em animais.

“A nossa prioridade é a oferta de produtos e serviços acessíveis que respeitem os seres sencientes, além de dar visibilidade à causa da libertação animal [defendida pelo veganismo], promover a cultura de paz e a inclusão e empoderamento das pessoas”, explica Leandro Pagnoncelli, que é um dos idealizadores do projeto que prevê uma mudança de paradigma para uma realidade mais sustentável – baseada em um sistema colaborativo, de acolhimento e protagonismo social justo e representativo.

“Tudo está sendo considerado dentro do que é ecologicamente correto e economicamente viável. Temos também uma preocupação de interagir com a comunidade nesse processo que busca uma relação mais horizontal desde a cadeia produtiva até a interação com o consumidor”, enfatiza Pagnoncelli.

Após a viabilização do fundo colaborativo e sua consolidação, começa a expansão para outros espaços fora do Shopping Vertical. Todas as decisões são tomadas coletivamente. “Queremos diversificar, trabalhando em espaços físicos fixos, ocupações itinerantes e virtuais. Outro diferencial é que o projeto do Polo Vegano tem um modelo de negócio aberto com financiamento coletivo e possibilidade de ocupação de espaço individual ou compartilhado. Quem tiver interesse em empreender a partir do Polo Vegano pode nos procurar”, avisa Leandro Pagnoncelli.

Entre em contato para saber mais sobre o projeto Polo Vegano:

Telefone/Whatsapp: (21) 99858-8897

Facebook: https://www.facebook.com/leandropagnoncelli

Linkedin: https://www.linkedin.com/in/leandropagnoncelli/

Instagram: https://www.instagram.com/lepagnoncelli/

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Ativistas filmam espancamento de porcos em matadouro na Inglaterra

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“Eles estavam abusando dos animais que já estavam aterrorizados”

Um dos funcionários da Bramall & Son que estava chutando um porco (Foto: Sheffield Animal Save)

Na segunda-feira, dez ativistas do Save Movement, de Sheffield, na Inglaterra, estavam participando de uma vigília com duração de três horas em frente ao matadouro Bramall & Son quando testemunharam a chegada de 10 a 12 caminhões que transportavam porcos, ovelhas, bois e vacas.

Na ocasião, Jordan Heart e outros ativistas ouviram gritos partindo do pátio. Quando chegaram ao local, testemunharam um funcionário do matadouro chutando um porco que gemia e gritava. As cenas foram filmadas e compartilhadas pelo Sheffield Animal Save.

“Eles estavam abusando dos animais que já estavam aterrorizados. Ficamos chocados com a possibilidade de chutarem e abusarem dos animais, especialmente porque os fazendeiros alegam que se preocupam com os seus animais”, declarou Heart.

Após o abate, antes de deixarem o local, os ativistas viram partes dos animais, antes amedrontados, serem jogadas em uma caçamba de lixo do lado de fora do matadouro. O Save Movement é conhecido por acompanhar e registrar a realidade dos matadouros, principalmente o abate de porcos, bois, vacas, frangos, galinhas, ovelhas e de outros animais. O objetivo é conscientizar as pessoas sobre a realidade da produção de alimentos de origem animal.

 

 

 





 

Sobre pessoas que debocham do veganismo

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Aos 63 anos, Diane Gandee Sorbi pode ser condenada a cinco anos de prisão por resgatar animais da morte

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“Depois de me tornar vegana, eu sabia que tinha de fazer mais do que simplesmente não participar da exploração animal”

Diane: “Enquanto eu viver, trabalharei pela liberdade deles” (Foto: DxE)

Aos 63 anos, a ativista vegana Diane Gandee Sorbi, que faz parte da rede de direitos animais Direct Action Everywhere (DxE), se dedica a resgatar animais da morte nos Estados Unidos. Em janeiro de 2017, ela e mais cinco ativistas entraram em uma fazenda industrial em Moroni, Utah, onde haviam dezenas de milhares de perus amontoados em espaços imundos, repletos de fezes. Parte dos animais não conseguia nem mesmo se manter em pé. Diante da situação, Diane e outros ativistas resgataram alguns animais feridos, na tentativa de salvá-los da morte.

A ação foi denunciada e considerada criminosa pela procuradoria-geral de Utah. Por isso, Diane e mais cinco ativistas vão a julgamento esta semana. A aposentada, que passa a maior parte do tempo fazendo trabalho voluntário em abrigos para animais, corre o risco de ser condenada a cinco anos de prisão. “Depois de me tornar vegana, eu sabia que tinha de fazer mais do que simplesmente não participar da exploração animal. Comecei a panfletar e a ir para as ruas. Tive muitas conversas ótimas com pessoas que queriam mudar, mas muitas vezes eu desanimava com a frequência com que alguém dizia que já sabia o que acontecia com os animais e não se importava”, relata em entrevista a Rachel Waite, do DxE Grand Rapids.

Um dia, depois de assistir a uma palestra na DxE House sobre as diferenças na abordagem à defesa animal, ela percebeu que a criação de mudanças sistêmicas pode surtir mais efeito do que as conversas individuais sobre veganismo. “Fiz algumas leituras sobre o que havia sido mais eficaz em movimentos passados de justiça social e decidi dedicar a maior parte do meu tempo a trabalhar com o DxE”, informa.

A primeira experiência de Diane fazendo um discurso em local público, segurando um megafone, é considerada por ela como das mais inesquecíveis. “Foram momentos empoderadores. Sempre fui um pouco tímida e saía do caminho para evitar confrontos. [Então] eu disse a mim mesma que isso era pelos animais e me empurrei para fora da minha zona de conforto”, revela.

Desde que ouviu pela primeira vez a história de um resgate de animais criados para consumo, Diane Sorbi teve vontade de ir a campo. Em 2015, ela participou de um treinamento de resgate animal. “Uma experiência muito poderosa. Segurei um doce peru em meus braços e o levei para um lugar seguro, ciente de que há alguns anos uma de suas irmãs estaria no meu prato [no feriado] de Ação de Graças. Foi um momento emocional cheio de arrependimento e reconciliação”, garante.

Sobre as motivações para seguir em frente, apesar das adversidades como o risco de prisão, ela simplifica: “Os animais. Enquanto eu viver, trabalharei pela liberdade deles. E também, os outros ativistas. Estar cercada de pessoas maravilhosas e atenciosas que dedicam inúmeras horas para tornar o mundo um lugar melhor é uma inspiração constante.”

Questionada sobre o que a mantêm na luta pela libertação animal, ela explica que simplesmente porque todo mundo tem direito à sua própria vida e a viver seguro e livre da exploração. Com a experiência de quem não pretende desistir do ativismo tão cedo, Diane Gandee Sorbi dá algumas dicas para os novos ativistas: “Meu melhor conselho é se manter envolvido. Se um tipo de ativismo não der certo, tente outro. Precisamos do máximo possível de mãos nessa luta, e toda defesa da causa tem o seu valor. Faça o melhor que puder, e tente evitar criticar o trabalho de outras pessoas com as quais você pode não concordar. Se estiver interessado em resgate, participe de um treinamento. Há muitas formas de ajudar, incluindo trabalhos importantes em pesquisa e imprensa.”

 Referência

Waite, Rachel. Why DxE Wednesday V: Diane Gandee Sorbi. DxE Grand Rapids (MI).